História

A ACIP foi fundada em 18 de julho de 1938.

Ao todo, 98 comerciantes, industriais e representantes de firmas estabelecidas em Pirassununga, reuniram-se nesse importante dia para a sua associação de classe e subscreveram a ata de constituição da ACIP. Nessa ocasião, foi eleita a primeira diretoria da ACIP:

Presidente: Alvarino Bessa

Vice- Presidente: Major João da Motta Cabral

1º Secretário: Alberto de Almeida

2º Secretário: Alfio Savastano

1º Tesoureiro: Antonio Gomar

2º Tesoureiro: Fritz Gruninger

Conselheiros: Duilio Valsechi - José Rafael - Joaquim Jorge - Guilherme Boller Zoega - Egydio Domênico - Felippe Boller Júnior

A primeira sede da ACIP funcionou na Rua José Bonifácio, número 152, em prédio localizado na praça e posteriormente demolido.

Os estatutos aprovados na assembléia de constituição vigoraram até 1952.

Em outubro de 1938, a ACIP tomou atitude protestando junto às autoridades estaduais e federais a respeito do desmembramento programado para nosso município.

Em novembro do mesmo ano, quando ainda não existia o SCPC, organizou-se um questionário sobre os que eram ou poderiam vir a ser considerados habituais maus pagadores, de maneira a poder o comércio estar prevenido contra eles.

No dia 26 de abril de 1950, foi efetuada a transcrição sob o número de ordem 9.241 no Registro de Imóveis de Pirassununga, da escritura de compra e venda do atual terreno da ACIP. Na época, a associação, através do então presidente, Palmiro Steola, adquiriu o patrimônio da Paróquia Bom Jesus dos Aflitos de Pirassununga e em 10 de novembro de 1956 foi requerida averbação da construção do prédio de dois pavimentos da entidade.

Em 1960, a ACIP passou a oferecer a seus associados o serviço de SPC, iniciativa de bastante sucesso entre os empresários e consumidores, pois, para o cliente, o SPC representava o papel de fiador, fornecendo a informação de que o lojista poderia efetuar a venda, pois o passado daquele cliente era de boa qualidade quanto à pontualidade nos pagamentos. O crediário naquela época, já era visto como um importante agente de vendas.

Em 1973, a ACIP contava com mais de 200 associados, dentre os 318 comerciantes que se alocaram na cidade e as 91 indústrias existentes na época. A população de Pirassununga era de cerca de 38.000 habitantes.

Em 1973, houve um encontro que reuniu a ACIP, representada pelo seu presidente Manoel J. Vieira de Moraes, a Prefeitura Municipal, representada pelo prefeito Dr. Antonio Carlos Bueno Barbosa, a AFA (criada em 1960 e transferida para Pirassununga em 1971), representada pelo Brigadeiro Clóvis Pavan, Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Sindicato de Hotéis e Similares de São Paulo e Sindicato do Comércio Lojista de São Paulo e Sindicato do Comércio Varejista de Pirassununga.

O encontro foi motivado pela preocupação do Brigadeiro no sentido de facilitar a aquisição de bens de consumo, duráveis ou não, para as 6.500 pessoas que se instalaram na cidade devido aos seus trabalhos na Academia da Força Aérea, sem necessidade de grandes deslocamentos, encontrando soluções que auxiliassem o comércio local a ter a expansão necessária.

Era necessário estimular o crescimento da cidade, oferecendo estímulos como isenções de impostos e doações de terrenos para empresas comerciais e/ou industriais abrirem suas portas em Pirassununga. Era preciso realizar completo levantamento das necessidades de consumo e dos déficits de oferta de produtos, melhorando as condições econômicas da cidade.

Até aquele momento, os empresários locais não haviam avaliado o quanto seria crescente o movimento de pessoas devido a presença da AFA e por isso o potencial de consumo da academia não estava sendo absorvido pelo comércio da região, insuficiente para atender a nova demanda. Pirassununga, naquela época, conseguia suprir somente 7% das necessidades de consumo da AFA e esta situação precisava mudar.

Era necessário uma atualização empresarial e aumento de capital.

A Federação do Comércio colocou-se à disposição para realizar um seminário de orientação aos comerciantes locais, e sugeriu que fossem aplicados cursos do Senac para aperfeiçoamento e formação de mão-de-obra especializada.

Quanto à necessidade de capital, ficou definido que era necessário estabelecer diálogos com os diretores dos bancos do Estado de S. Paulo, do Brasil e Caixa Econômica Federal, buscando uma solução integrada de incentivo e estímulos para a instalação das empresas na cidade.

Em 1975, na gestão do presidente Temistocles Marrocos Leite, foram realizados através do PRODEC – Programa de Desenvolvimento da Pequena e Média Empresa Comercial, cursos e seminários em Pirassununga e em diversas cidades da região promovidos pelo Centro do Comércio do Estado de São Paulo em parceria com diversas entidades, segundo diretrizes fixadas pelo Governo Estadual e pelos programas de assistência gerencial às pequenas e médias empresas do CEBRAE. Os cursos realizados nos meses de fevereiro e março de 1975, abordaram os temas de promoção de vendas, controle de custos, administração de compras e controle de estoque.

A ACIP, já neste ano de 1975, cumpria com seu papel de informar os empresários sobre tudo o que lhes era de interesse através de seu boletim mensal impresso. Nele, constavam informações referentes a prazos e regras de declaração do Imposto de Renda, orientações aos contadores, legislação tributária, poupança, salário mínimo, dicas de vendas, entrevistas com associados e outras informações de interesse da comunidade, como por exemplo, programas de integração social, Lei de Amparo à Velhice, incentivo aos esportes e divulgação de centros médicos.  A esta data, a cidade já contava com 603 estabelecimentos comerciais.

Nos dias 29, 30 e 31 de março de 1975, foi promovida a Feira do Lazer, evento realizado no estádio Presidente Médici, pela ACIP, Prefeitura Municipal, SESC e Sindicato do Comércio Varejista.

Também em 1975, no Dia do Contabilista, foi promovida no salão da ACIP uma palestra com o então Presidente do Conselho Federal de Contabilidade, professor Inel Alves de Camargo, que tratou sobre a reforma do ensino comercial, dos problemas empregatícios enfrentados pelos técnicos de contabilidade.

Na gestão do presidente da ACIP, Peterle Foffa,  ocorreu uma visita à ACIP do vice-governador do Estado, Professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho, que aproveitou a ocasião para interagir com os empresários da cidade. Os empresários solicitaram do governador esforços para a vinda de novas faculdades de ensino.

Ainda na gestão de Peterle Foffa, na ocasião do 37º aniversário da ACIP, foi inaugurada a galeria dos retratos dos ex-presidentes no salão da ACIP.

Na época, a ACIP também apoiou iniciativa da prefeitura de arborização das ruas da cidade, considerando os protestos constantes dos lojistas de que a falta de árvores no centro da cidade prejudicava o movimento dos clientes nos horários de sol.

Em 1975, já existiam na cidade, indústrias de aguardente, cadernos, cerâmicas, artefatos de cimento, colchões, camisas, dentes, doces, essências, garrafas, glicose de cana, jóias, massas alimentícias, ferro, metalúrgica, minerais, papelão, móveis, sabão, fiação e tecelagem, trailers, cortume, torrefação de café, usina de açúcar, vassouras, velas e laticínios.

No dia 10 de julho de 1975, teve início no ginásio do Clube Pirassununga, o torneio de futebol de salão que aconteceu até o dia 16 de agosto de 75. As equipes campeãs foram Kanebo em 1º lugar, C. Amarela em 2º lugar e a Caninha 21 em 3º lugar.

Ao final do ano de 1975, a ACIP divulgou os dados do SPC, que naquele ano apresentou:

4894 informações prestadas;

455 consumidores reabilitados;

2 633 consumidores negativados.

Na mesma ocasião, a ACIP realizou uma pesquisa junto aos associados que revelou que os empresários obtiveram grandes avanços a partir da intensificação das vendas a prazo, devido à segurança que o SPC lhes oferecia. Segundo os comerciantes da época, o aumento das vendas aconteceu a partir da utilização das vendas à prazo, por que grande parte dos assalariados já não conseguiam comprar utilitários indispensáveis como veículos e aparelhos eletrodomésticos à vista.

Em janeiro de 1976, a ACIP já publicava em seu boletim algumas orientações para colaborar com o aumento das vendas dos comerciantes, pregando que muitos estabelecimentos precisavam rever seus métodos de negócios evitando: custo alto na compra e na venda, aquisição de quantidade elevada de artigos e de última hora, divulgação insuficiente e falta de pesquisa de mercado. A concorrência crescia e segundo o boletim da ACIP “vende mais quem melhor sabe comprar e quem melhor sabe expor. Por pouco se conquista a fama de barateiro ou careiro”.

Em maio de 1976, a ACIP aproveitava os debates que aconteciam em reuniões da Federação do Comércio do Estado de São Paulo com o Centro do Comércio do Estado de São Paulo, o Sesc  (Serviço Social do Comércio) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) para abordar junto aos associados a importância e a necessidade de criação de mecanismos de defesa do consumidor.

Também já era assunto constante nas pautas de reuniões da ACIP, a questão da segurança, pois àquela época já eram comuns furtos em lojas, supermercados e pequenas casas de varejo nos centros comerciais de várias cidades da região.

Além disso, a ACIP propunha desafios constantes para todos os envolvidos, de vencer as barreiras da estagnação industrial na cidade, implantando novas indústrias embora pequenas, mas criativas e produtivas.

Para isso era necessário criar forçosamente um mercado de trabalho próprio, que seria conseguido através do ensino e aprendizagem profissional. Àquela época, o governo tentava viabilizar uma dedução de até 10% do imposto cobrado das empresas, para formação de mão-de-obra dentro de programas de formação profissional, o que mais tarde no mesmo ano se concretizou.

Em outubro de 1976, o então coordenador da ACIP, Alvarino Bessa, participou como representante da ACIP de uma reunião na Associação Comercial e Industrial de São Paulo sobre “Política de apoio à pequena e média empresa” que abordou assuntos de interesse capital para os empresários, discutindo sobre os problemas que mais afligiam os pequenos e médios empresários brasileiros. Foi valorizada a atuação dos empreendedores devido ao que eles representavam para o desenvolvimento econômico do país.

Passaram pela ACIP 13 presidentes. As marcas, contribuições e ensinamentos de Alvarino Bessa, Ari Albuquerque, João da Mota Cabral, Atilio de Franceschi, Braz Grisi, Palmiro Steola, Mario Eliseu, Manoel J. Vieira de Moraes, Temistocles Marrocos Leite, Peterle Foffa, José Carlos Macini, Fares Toufic Abou Mourad e Valdinei Ferraz Nery, foram decisivos para o crescimento da ACIP, possibilitando que novas mudanças sejam realizadas para dar continuidade à tradição de propiciar evolução a todos os setores da economia.

Desde as épocas saudosas, até os dias de hoje, a ACIP continuou evoluindo sempre, preocupando-se cada vez mais com a valorização e com o apoio aos empresários locais.

Vieram as inovações tecnológicas, nas quais a ACIP procurou inserir-se de forma integral a partir de 2004, com aquisição de novos computadores e utilização de internet.

O salão de festas da entidade também foi modernizado com a instalação de ar-condicionado, melhorias no sistema de som e aquisição de microfone e datashow.

Intensificou-se a promoção de palestras, cursos e treinamentos, contribuindo assim para o desenvolvimento e crescimento das empresas através da atualidade e qualidade das informações e conhecimentos transmitidos.

O Natal Iluminado recebeu mais investimentos a cada ano, como forma de promover o comércio de Pirassununga e incentivar os consumidores a realizarem suas compras na cidade.

Foi criada a Fecipira, tradicional feira de exposições dos comerciantes da cidade, que atualmente é realizada juntamente com a Exposhow, para proporcionar aos empresários grande visibilidade de seus produtos e serviços, expondo-os a um público diversificado.

Outro importante projeto, idealizado pela ACIP, foi o prêmio Honra ao Mérito Empresarial, que representa nos dias atuais um importante reconhecimento aos empresários que fazem a diferença na cidade, por sua atuação e comprometimento com os negócios.

Os diálogos sobre segurança se transformaram em ações efetivas para o fortalecimento do comércio, e aqui podemos citar a campanha de mobilização do comércio local para viabilizar a compra de duas motocicletas, entregues pela ACIP à 3ª Companhia de Polícia Militar.

Outro grande avanço para Pirassununga, se deu com a instalação do Posto Sebrae de Atendimento ao Empreendedor, importante apoio aos micro e pequenos empresários da cidade, que podem contar com orientações seguras para a tomada de decisões em seus negócios.

Na gestão atual da ACIP, as inovações continuam:

A área comunicativa da entidade traz a Revista Visão Empresarial ACIP e um novo site, ferramentas importantes que integram os associados, informam de forma objetiva e conferem visibilidade às empresas.

As palestras, cursos e treinamentos serão realizados de forma cada vez mais intensa, visando a instrução e formação dos empresários, funcionários e colaboradores.

E certamente, muitas outras mudanças ainda virão, com um único foco, um único objetivo: continuar fazendo da Associação Comercial e Industrial de Pirassununga – ACIP, uma entidade que realmente represente, apóie e lute pelos interesses da classe empresarial.

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